• NOTA DE CONDELÊNCIAS


    Foi com profunda tristeza e sentido de perda que tomei conhecimento do falecimento de Carlos Teixeira “Cagi”, uma das figuras maiores do dirigismo desportivo angolano e um homem que dedicou grande parte da sua vida à construção do basquetebol e do desporto nacional.

    Engenheiro de formação, gestor rigoroso e dirigente visionário, Cagi pertence a uma geração que ajudou a erguer o desporto angolano em tempos difíceis, marcados pela escassez de meios, pela guerra e por enormes desafios à afirmação do país. Fê-lo com inteligência, coragem, sentido patriótico e um profundo amor por Angola.

    No basquetebol, modalidade onde deixou uma marca indelével, o seu nome confunde-se com os alicerces do sucesso que hoje orgulha todos os angolanos. A sua acção, particularmente nas décadas de oitenta e noventa, foi decisiva para a consolidação de estruturas, para a afirmação internacional da modalidade e para a formação de gerações de atletas e dirigentes.

    Mas Carlos Teixeira Cagi foi mais do que um dirigente. Foi um homem de princípios, de diálogo, de visão estratégica e de compromisso com o bem comum. Mesmo vivendo fora do País nos últimos anos, nunca deixou de carregar Angola consigo — no pensamento, na memória e no coração. O seu recente regresso para receber uma medalha de reconhecimento pelo seu legado foi um momento justo, simbólico e profundamente merecido.

    O Ministério da Juventude e Desportos, presta homenagem ao seu percurso e à sua contribuição inestimável. A sua trajectória ajudou a escrever uma das páginas mais sólidas da história do desporto angolano.

    À família enlutada, aos amigos, companheiros de jornada e à grande família do basquetebol angolano, endereço as minhas mais sentidas condolências, desejando força, serenidade e conforto neste momento de dor.

    Que a sua memória permaneça viva e que o seu exemplo continue a inspirar Angola.

    Rui Luís Falcão Pinto de Andrade
    Ministro da Juventude e Desportos